Um dos setores mais impactados pela pandemia de Covid-19, a Educação sofreu reviravoltas no último ano. Se por um lado o crescimento do Ensino à Distância (EaD) foi acelerado com o isolamento social, também foi necessário que crianças e adolescentes se adaptassem compulsoriamente. Paralelo a isso, há pais que preferem abrir mão da escola e educar os filhos sozinhos, sem ajuda de professor. Quer saber mais sobre o homeschooling no Brasil?
Este método de ensino ainda não é normatizado no país. Em abril de 2019, o presidente Jair Bolsonaro assinou o projeto de lei que regulamenta a educação domiciliar. Agora ele precisa tramitar no Congresso Nacional, antes de se transformar em lei.
O objetivo é estabelecer regras para quem prefere educar os filhos em casa, como exigir que um dos responsáveis tenha ensino superior completo; vínculo do aluno à uma escola para que as atividades sejam monitoradas; adoção de conteúdos que sigam a Base Nacional Comum Curricular (BNCC); avaliações periódicas e socialização das crianças.
Desafios, críticas e motivações do homeschooling no Brasil
Apesar de não ser regulamentada, a educação domiciliar já é uma tendência. Dados da Associação Nacional de Educação Domiciliar (Aned) apontam que em 2018 havia 7.500 famílias em homeschooling no Brasil. Eles calculam ainda que, em 2020, mais de 17 mil podem ter incorporado esse modo de educar.
As principais dificuldades enfrentadas por quem adota o homeschooling no Brasil são legais, pois tanto a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) quanto o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) estabelecem a obrigatoriedade da matrícula numa escola.
Do outro lado, há dois pontos principais usados como argumento: o risco de violência dentro de casa, já que desta forma é mais difícil perceber algum tipo de agressão; e a falta de estímulos na interação social sem a convivência na escola, principalmente quando se trata de habilidades emocionais e sociais.
A principal motivação para quem adota o método é a possibilidade de personalizar ou individualizar o currículo e ambiente de aprendizagem para cada criança, mas há quem justifique a escolha como uma forma de evitar o bullying e até agressões verbais ou físicas.
Enquanto a legalidade do homeschooling no Brasil ainda é discutida, nos Estados Unidos ele cresce vertiginosamente. De acordo com o National Home Education Research Institute (Nheri, em português: Instituto Nacional de Pesquisa em Educação Domiciliar), a estimativa é que, em março de 2021, havia de 4,5 a 5 milhões de estudantes do ensino doméstico no país. Ainda segundo a instituição, os alunos de educação domiciliar costumam ter pontuação acima da média para admissão em faculdades.
Recursos didáticos auxiliam nas aulas virtuais
Enquanto são aguardadas as decisões em relação ao homeschooling no Brasil, todos os envolvidos na educação continuam lidando com as aulas virtuais, que exigem um esforço maior tanto dos pais quanto dos professores, que precisaram se adaptar a esta nova rotina.
Para isso, é importante que tenham acesso a recursos didáticos que beneficiem tanto quem ensina, quanto quem aprende, pois as crianças e adolescentes também precisaram se adaptar ao formato fora do que estavam acostumados. E nisso é possível incluir apostilas, livros, softwares, apresentações em PowerPoint, filmes, atividades, exercícios, ilustrações, jogos didáticos.
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